terça-feira, 17 de maio de 2011

IMHO: Metrô de Higienópolis e a gente diferenciada



É sempre muito prazeroso ler um texto tão bem escrito. Os pontos apresentado são muito bem explicados de maneira didática.

E, em determinado ponto, tem o meu consentimento: todo projeto de infra-estrutura que ocorra em qualquer bairro deve considerar a opinião dos seus moradores - que serão diretamente afetados. É pertinente, democrático e justo.

É uma pena que, infelizmente, o post acabe minimizando a questão dando o foco para a discussão de "Classe alta elitizada X Classe média de protestantes de sofá mimimi".

Pois, observando o contexto como um todo, podemos perceber que o problema principal não é o bafafá gerado, nem a tal "briga de classes", mas sim um pouco mais subjetivo pois o cerne da questão é outro: o bem maior acima dos interesses de determinado grupo.

E por "bem maior" não quero dizer o meu bem. Nem o seu. Mas o bem mais adequado para todos nós.

Tentarei explicar melhor.

O movimento em favor da "gente diferenciada"



No inicio do movimento contrário a instalação da estação no bairro (que culminou em um abaixo-assinado com 3.500 assinaturas), uma moradora do bairro, psicóloga, explicou em uma entrevista à Folha de São Paulo:
“Não uso metrô e não usaria. Isso vai acabar com a tradição do bairro. Você já viu o tipo de gente que fica ao redor das estações do metrô? Drogados, mendigos, uma gente diferenciada…
Indignados com essa e outras declarações dos moradores do bairro Higienópolis, foi organizado através das redes sociais um protesto bem humorado - uma pérola que a internet nos propicia.

O protesto se propõe a tentar fazer pressão para que a prefeitura volte atrás?

Ou se propõe a ser uma simples balbúrdia de fim de tarde?

Ou se propõe a fazer justiça com as próprias mãos e decapitar a elite paulistana em praça pública?

Entendo que não, não e infelizmente não.

Apesar de não ser o foco, acho o protesto contundente, pois considera que o 5o artigo da constituição foi ignorado, nas citadas declarações dos moradores. Te poupo a googlada:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza (..)
Ou seja, é uma forma de lembrar que na nossa nação ninguém é melhor, nem mais importante, nem mais bonito, nem tem voto (ou assinatura) mais importante do que ninguém.

Por mais que pensem o contrário, como o espetacular Marco Graco:


Esse movimento foi carinhosamente classificado na blogosfera como uma "luta de classes".

Saia do muro!


É normal que em uma sociedade democrática nós tomemos partido.

Eu voto no PT ou no PSDB. Sou a favor ou contra o desarmamento. Sou a favor ou contra a união homoafetiva. Eu prefiro o Garfield ao Frajola. E assim por diante.

É um ótimo exercício de cidadania e democracia. Ninguém é obrigado a concordar com ninguém, mas todos devem respeitar uns aos outros.

Mas em algumas questões - só algumas? -, as coisas são um pouco mais complicadas do que parecem. O famoso buraco q é mais em baixo, sabe?

É muito fácil fazer coro com uma polarização pré-determinada A x B e gritar, espernear, ofender - mesmo que seja com palavras rebuscadas.

A mídia corporativa até dá um empurrãozinho! Afinal, eles adoram alardes. E para ter ibope, nada melhor do que fazer barulho. Eles querem ver o circo pegar fogo e vender jornal pro palhaço que sobreviver ao incêndio. Como tochas, basta tomar partido polarizando.

"Tomar partido" que normalmente se resume em uma luta entre "os fracos e os oprimidos X os opressores desumanos desmiolados reptilianos vampiros da alfa-de-centauro".

É bem filme B, mesmo.

O problema, é que no afã de levantar uma bandeira em uma polarização pré-estabelecida, podemos correr o risco de passar despercebidos por certos detalhes relevantes à questão.

Tah, mas e a estação de Metrô?


A simplificação da questão em uma polarização de A x B leva os holofotes para a discussão pela discussão, pro "Meu time x o Seu time" além de omitir certos aspectos técnicos, que seriam essenciais para o melhor entendimento da questão.

Não sou político, engenheiro, arquiteto ou morador da Higienópolis. Também não sou especialista em metrô, nem em trânsito em grandes metrópoles, muito menos em obras de infra-estrutura. A verdade é que não sei nem trocar um chuveiro.

Mas tive a oportunidade de trabalhar em uma construtora por um curto período de tempo e, se não me engano, para uma obra de grande porte era feito um projeto/estudo (desconheço o termo correto, se houver) realizado por uma equipe plural composta por especialistas em tudo o que for relevante para o contexto da obra.

Em uma obra pública, não seria diferente. Talvez alguns aspectos sofram mudanças, pois o objetivo não é o interesse de uma empresa privada em levantar um shopping para obter lucro, mas sim, melhorar as condições de ir e vir para todos nós.

Ou seja, nesse estudo/projeto requisitado por nossos representantes, na figura do governo, levaria em consideração em primeiro lugar o bem maior (ou deveria, pelo menos).

Em seguida consideraria uma série de parâmetros como, por exemplo, o custo, o benefício, o prazo, a viabilidade, a dor de cabeça, as demais estações da região, a quantidade e opinião dos moradores da região que seriam afetados, a quantidade e opinião da gente diferênciada de quem se beneficiaria com a estação e mais uma porção de itens pertinentes ao tema que a minha mente leiga no assunto não tem preparo para conceber.

Não precisa ser um gerente de projetos para concluir que todos esses parâmetros teriam um peso adequado de acordo com a sua importância/relevância no contexto - já sendo chato em lembrar que o foco é sempre o bem maior.

O resultado do estudo, que poderia levar até meses para ser concluído (de novo: realizado por especialistas e estudiosos e não em 20 minutos no Blogger) indicaria qual seria a localização ideal para a tal estação.

É claro que esse estudo poderia ser acompanhado, visto e revisto (e até refeito). Desde que - sim, adivinhou? - se mantenha o foco no bem maior e não fosse simplesmente influenciado por pressão de determinado grupo como 3.500 assinaturas "importantes", por exemplo.

Detalhe: o metrô nega que tenha sido influenciado pelo abaixo-assinado dos moradores do bairro.

Óh, e agora, quem poderá me defender?

Fazendo um exercício de interpretação, podemos tentar nos imaginar como um morador da área indicada pela conclusão do estudo - seja ela qual for. (Ui, sou chique! =D)

Poderíamos nos sentir incomodados? Sim!

Seríamos obrigados a gostar? Não!

Seríamos obrigados a concordar? Não!

Mesmo assim, como demonstração de respeito ao próximo, à democracia, e (pela última vez, juro!) considerando o bem maior - que também deveria ser o nosso interesse - seria muito absurdo aceitarmos?

Repare que foi feito todo um estudo detalhado a respeito do assunto. Não se trata de um estagiário traçando linhas coloridas em um mapa da cidade a esmo com um marca textos cor de rosa.

Tendo isso em mente, seria tão absurdo aceitar a instalação de algo que beneficiaria tanta gente, simplesmente por que mudaria a "tradição do bairro" que passaria a ser frequentado por uma "gente diferenciada" e que por isso poderia resultar em "ocorrências indesejáveis"?

Conclusão

Em resumo, acho que destacam-se basicamente 3 pontos:

  1. O péssimo serviço realizado pela mídia corporativa omitindo fatos relevantes à questão, c Nom o único propósito de gerar polêmicas a para ganhar atenção;
  2. Os - excelentes - movimentos iniciados nas redes sociais com idéias espontâneas e criativas afim de conscientizar a sociedade; (assunto para outro post) e
  3. A chamada à reflexão sobre a nossa posição enquanto elemento de uma sociedade ou o Nós > Eu.

Bom, é mais ou menos isso.

E mais um milhão de coisas..

Então, o que achas?

PS: Espero não ter escrito muitas abobrinhas em meu primeiro texto não técnico. Por favor, me ajude a melhorar comentando, criticando, dando dicas, sugerindo, xingando e etc. ^^

ATUALIZAÇÃO: Hoje (12/05 às 09:02) foi publicado um artigo que traz à luz alguns detalhes interessantes. Não poderia ter sido assim desde o inicio? #fikdik

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IMHO: ChromeOS - o SO nas nuvens

Devido ao post raso da revista super sobre o assunto, me senti obrigado a comentar. Como esse comentário excede 140 caracteres, veio parar no blog. ^^

Já parou para pensar quantas vezes vc (ou algum conhecido) já perdeu fotos, músicas por algum problema no HD?

Quantos usuários q vc conhece, que apenas utilizam o navegador e ferramentas on line, como facebook, youtube, gmail e etc?

Quantos usuários q vc conhece que utilizam TODAS as funcionalidades de um MSWord, ou MSExcel da vida?

Ou pra que diabos servem todos aqueles arquivos de nomes impronunciáveis que só ocupam espaço e que ficam na pasta C:\windows\ ou no /qualquer_coisa_q_nao_seja_home_meu_usuario/?

Em quantas máquinas, vc teve que configurar do seu jeito, com seus ícones, suas apps e etc?

Seus problemas acabaram:


Não é feitiçaria, é tecnologia!


A maioria das pessoas normais utilizam a web, guardam suas fotos no facebook, verificam o seu email no gmail/hotmail, acessam seus vídeos no youtube, e a tendência é que guardem as suas músicas no Google Music da vida, certo?

Elas não se importam - ou não deveriam - se usam IE ou FF. Não se importam em qual partição do SO está instalado. Não se importam qual é o editor de texto.

A verdade é que, se somos usuários comuns, apesar de convivermos diariamente com tecnologias, não deveríamos ser obrigados a saber dessas coisas.

Ora, o que eu preciso é escrever/gerenciar textos, e não usar o MSWORD. É guardar e ver minhas fotos, e não que elas estejam no HD necessariamente. É conversar no comunicador instantâneo, e não no MSN.

É uma questão de priorizar e focalizar na solução do problema. E um SO nas nuvens diminui - se não elimina - a maioria desses problemas.

Alguns prós de um SO nas nuvens:

  • não ter nada local - tudo na núvem, nas suas diversas contas (google, facebook, picasa e etc);
  • não se preocupar com anti-virus - (ao menos no inicio. rs);
  • não se preocupar com updates;
  • não se preocupar em fazer backup de um HD de 1TB; (aliás não se preocupar em ter um HD; Nem em saber o que é isso.)
  • logar em qualquer estação conectada a internet, e acessar exatamente o seu ambiente de trabalho, com seus icones, papeis de parede, apps e etc;
  • trabalhar off-line em algumas apps, que se sincronizam automaticamente;
  • Não precisar comprar licenças de determinado software para cada máquina que vc usar;

Alguns contras:

  • não ter nada (ou ter pouquíssimas coisas) local - para caso de falta de internet, apocalipse, tsunamis e etc.
  • ser obrigado a estar conectado à internet 100% do tempo;
  • re-aprender a usar um novo SO, com novos conceitos.

A idéia de um SO nas nuvens é tão natural que até M$ já percebeu isso e o Windows8 segue a mesma linha.

Mas será que teremos todos esses recursos disponíveis na web? E o meu software editor de vídeos? Ou o meu software de edição de imagens? (todos piratas, claro! rs)

O HTML5 traz muito mais poder à web.


Ainda está em processo de finalização, mas já há diversos exemplos de aplicativos desenvolvidos na tecnologia que demonstram as suas possibilidades.

Com HTML5, será possível criar apps que rodem no navegador tão robustas/flexíveis quanto as que são instaladas no SO de hoje em dia.

Há projetos inclusive de uma ferramenta de desenvolvimento na nuvem. Pense, desenvolver aplicativos JAVA na web - apenas para citar um exemplo..

Existem diversos sites que agrupam esses exemplo, o da apple é um deles.

Uma diferença básica entre esse conceito e o que temos hoje, é o custo ou o modelo. Se hoje pagamos R$200 no MSOffice, na web o DOCs é gatuíto e possui uma versão mais robusta por um pequeno valor mensal.

Mas a internet no brasil é uma vergonha!!


Sim é preciso ter acesso à internet sempre.

Sim é preciso que essa conexão seja rápida e estável.

Bom, para mim ficou claro que o conceito em questão - tudo nas nuvens - é a frente do seu tempo, como a maioria das coisas que o Google faz.

Ou alguém dúvida que em pouco tempo estaremos conectados a internet até enquanto dormimos?

Mas e a privacidade?
O Google vai ter acesso a todas as minhas fotos, músicas, documentos e etc?


Bom, a principio eu não vejo nenhum problema com isso. Mesmo porque não tenho nada a esconder. Tanto é que todas as minhas fotos estão no facebook e todos os meus check-ins no foursquare.

Podemos fazer um paralelo com o inicio da era dos bancos. No inicio, pense como foi difícil convencer o velho john a tirar todo o seu dinheiro de debaixo do colchão para deposita-lo no banco.

Depois que acostumamos com a idéia, hoje em dia, já é muito natural.

Bom, acho que é isso.

E mais um milhão de coisas.

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IMHO: Avante Sofativistas - Tem q começar de algum lugar!

Comentei na semana passada sobre o churrascão da gente diferenciada: uma brincadeira que começou na internet e se desenrolou em um protesto bem-humorado, criativo, pacífico e - mais interessante - sem bandeiras.

Muito do que poderia ser dito, foi muito bem comentado pela Cynara Menezes em seu ótimo artigo da Carta Capital

Mas eu gostaria de desenvolver um pouco mais sobre os movimentos iniciados na internet e suas repercussões. Iniciativas que foram batizadas como "os revolucionários de sofá" ou simplesmente os "sofativistas".

Preço Justo, Palavrões e Games.

Para contextualizar, vou citar outro exemplo recente.

No final de abril/11, Felipe Neto, uma famosa personalidade da internet, utilizou de sua popularidade para iniciar uma campanha falando sobre algo que todo mundo pensa, todo mundo fala, mas ninguem é ouvido: os impostos exorbitantes que pagamos. É o movimento #PreçoJusto:


Tão rápido quanto o raio do mago Shazam atinge seu clamador Billy Batson, foram publicadas críticas e replicas, destacando no geral:
  • o linguajar utilizado na campanha - recheado de palavrões;
  • o discurso ser pueril;
  • acusações de apenas querer ganhar mais seguidores no twitter;
  • e - finalmente - que é o tipo de campanha adorada pelos sofativistas.
Analisemos uma a uma.


O tal linguajar - ou a maneira de se expressar

Uma manifestação, por não se utilizar da norma culta, ou não sendo um discurso ortodoxo perde totalmente a sua validade?

Um exemplo são as manifestações em qualquer mídia social da internet (twitter/orkut/facebook), que aparentemente perde a sua credibilidade e vira motivo de piada simplesmente por possuir algum termo grafado de maneira incorreta ou não concordando com o tempo verbal.

Segundo essa lógica, minha mãe - que só teve oportunidade de estudar até a sexta-serie e que adora o "notrubuque" que ganhou de dias das mães - nunca terá direito a ter voz para nada.

Acho que é muito pelo contrário: dependendo do contexto, um protesto escrito errado corrobora ainda mais para seu o argumento!

Ou seja: a palavra (apenas um símbolo) não deve ser mais importante do que o objeto a que ela representa.


O discurso pueril

Então todo e qualquer discurso/declaração deve ser baseado em estudos, profundas pesquisas científicas, teses e mestrados?

Se não for declamado por uma importante figura na área, estudioso, ou que dê aula a mais de 200 anos em Harvard, não vale de nada?

Essa é a mesma lógica que dita que todo médico que apareça na TV deve usar um jaleco branco, mesmo que esteja na rua.

Ou que todo engenheiro - ponha aqui a sua engenharia favorita - fale de maneira incompreensível.

Ou ainda que alguém que não trabalhe usando o ultimo grito na moda social de paris, não presta um bom serviço.

O que deve ficar claro é que o importante é a idéia que se queira passar, não importa quem a passou ou como está empacotado. E que seja da maneira mais simples e fácil de ser compreendida possível.

Não precisa ser o melhor discurso do mundo, com os melhores dados e mais corretos em suas miudezas, mas se chamar à reflexão, já tem o seu valor.

Ou seja, não importa o que é dito, mas a idéia que quer ser passada. Cabe a quem tem um conhecimento maior interpretar da maneira mais adequada.


Mais seguidores no twitter?


Sinceramente: o que importa?

Se apenas 10 das 500.000 que viram o vídeo forem despertados da matrix, já é um benefício muito maior do que mais 100.000 seguidores que ele ganhar.

Ou seja: mais vale 10 despertos lutando por zion, do que todos dormindo comendo frango virtual!


Os protestos dos que não fazem nada!


Assim como o churrascão da gente diferenciada, esse é o tipo de movimento que contradiz a máxima de que "A revolução não será tuitada", tão difundida pelos haters na internet, como lembra a Cynara em seu artigo.

A teoria se baseia na idéia de é muito mais fácil qualquer um dar um clique e participar de um abaixo-assinado virtual, do que comparecer a um protesto presencial.

Essa idéia pressupõe que a sociedade é composta por indivíduos que se acham pequenos demais para fazer a diferença e importantes demais para correr o risco, e por isso não fazem nada fora do espaço virtual.

Pode até ser verdade..

Quando se é uma unica pessoa a reclamar e se vê sozinha falando para parede.

Entretanto, os mais de 500.000 apoiadores do #PreçoJusto, as 1000 pessoas compareceram ao protesto presencial e outras 50.000 que declararam seu apoio ao churrasção, mostram que o cenário está mudando.

Elas não estão mais sozinhas.

Mesmo a mídia corporativa minimizando o resultado do churrasção para o grande público com o intuito de desacreditar e desestimular novas iniciativas, considero a manifestação um sucesso, devido ao seu caráter informal, sua natureza horizontal (sem gerenciamento/liderança) e - principalmente - dado a velocidade entre a elaboração e execução de menos de 1 semana!

Como não considerar esse resultado um sucesso?

Como não atribuir esse sucesso ao alcance, à velocidade e à distribuição provida pela internet?

Em um país onde temos alguns dos carros, o transportes, a internet, as passagens de avião, os eletrônicos (e etc) mais caros do mundo  - todos de baixa qualidade -, e que em contra partida, é habitado por um povo adestrado a achar que é subordinado aos seus governantes, QUALQUER manifestação que abra os olhos do mínimo de pessoas deveria ser aplaudido de pé!

Pois é muito mais do que a maioria faz.

A voz do povo

Antes da internet, a grande mídia - como a Globo, Veja, Folha e etc. - eram responsáveis por transmitir a insatisfação do povo. Eram os representantes do povo.

Antes esses 550.00 do #PreçoJusto e do Churrasção não tinham vozes. Eram apenas números em uma nota da página 7 ou - quando com sorte - de uma charge.

Com a popularização do acesso à internet, o cenário muda de figura. Agora, é possível incitar uma manifestação 100% popular sem o apoio das grandes mídias.

Hoje essas 550.00 pessoas não tem apenas voz, mas também produzem vídeos, blogs, tuites, manifestos assinados e tudo mais a tecnologia e a nossa inovação permitir.

Dessa vez, podemos fazer por ouvir as nossas vozes.

Será que esse todo barulho não muda nada?

Não pode nem ser considerado um começo?

Haters gonna hate

É muito fácil apontar os erros dos outros e esquecer dos nossos.

É muito mais fácil ainda atribuir os nossos erros aos outros.

Uma dica geral para tentar não cair nessas pegadinhas:

Critica pela critica < Critica construtiva.

Por tanto, qual será que merece mais valor?

E se a critica construtiva não for ouvida, por que não fazer melhor e mostrar? ;D

É mais ou menos isso.

E mais um milhão de coisas.

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